Entidades acreditam que ações podem ser comparadas, a longo prazo, a crise acontecida em 1997 seguida da manifestação de 2005
Aconteceu nesta segunda-feira (11), uma reunião com a presença de todos os presidentes das entidades representativas da Segurança Pública do Estado de Goiás, onde teve como tema as reposições salariais. A data-base já estava em pauta ainda no final do ano de 2023, quando o secretário de Governo, Adriano Rocha Lima, assinou um documento onde o governador do estado, Ronaldo Caiado, se comprometia em discutir a demanda ainda no mês de fevereiro de 2024.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás (Sinsep), Maxsuell Miranda, salienta que havia um acordo, “nós achávamos que havia um compromisso do governo, uma vez que as reposições são direitos garantidos pela Constituição Federal”.
“Entendemos que o Estado está no regime de recuperação fiscal, porém isso não impede que seja aplicada a data-base”, comentou o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (ACS-GO), subtenente Gilberto Cândido de Lima.
Houve uma primeira audiência no dia 22 de fevereiro com o Fórum de Entidades Representativas dos Servidores e Serviços Públicos, juntamente com o secretário Adriano Rocha Lima. “Nos ofereceram apenas a reposição referente ao ano de 2023, totalizando 3,71%, mas esse valor não representa nem mesmo 50% do total devido, onde soma-se em mais de quatro anos de atrasos, chegando a 20% de defasagem”, disse o presidente da Caixa Beneficente, tenente-coronel Nilson Justino Pereira.
A reunião desta segunda-feira marca um novo rumo para as tratativas diante do silêncio do Estado, “a contrariedade de toda a categoria é latente, o trabalho está sendo muito bem feito para a sociedade goiana, apresentando resultados significativos”, falou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil no Estado de Goiás (Adpego), Waldson de Paula.
“Diante da inércia do governo, nós tememos que a falta da recomposição venha a desencadear manifestações, trazendo grandes prejuízos para toda a população, para os agentes de segurança pública e também para o próprio poder executivo”, exclama o presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar (Assego), subtenente Paulo Sérgio Souza.
Para o presidente da União dos Militares de Goiás (Unimil), coronel Afrânio Carrijo de Oliveira, “não é justo que o governo tenha como sua principal plataforma de desenvolvimento político a segurança pública e não reconheça o justo e merecido direito da reposição salarial, temos que dar andamento e valorizar os esforços dos servidores do Estado”. Diante deste cenário, definiram-se estratégias que serão tomadas para que as revisões anuais salariais referentes aos anos de 2018 a 2021 sejam cumpridas da melhor forma.